Desde março, as novas normas de publicidade médica do CFM estão em vigor. Vamos conferir o que pode e não pode?
Perfil:
De acordo com a Resolução CFM n° 2.336/2023, existem dados obrigatórios que precisam estar presentes nas suas mídias sociais? A regularidade da sua comunicação profissional é fundamental para assegurar um relacionamento ético e transparente com seus pacientes. Veja o que deve constar:
- Nome completo e número de registro no(s) CRM(s), acompanhado da palavra MÉDICO;
- Especialidade e/ou área de atuação registrada no CRM, junto ao número de RQE (Registro de Qualificação de Especialista), se aplicável.
Esses dados devem aparecer em toda a divulgação, seja em formato físico ou virtual, conforme descrito no Manual Codame do CFM. Além disso, em redes sociais e sites, as informações devem estar claramente visíveis na página principal do perfil, como orienta o Art. 6° da mesma resolução.
Publicação de antes e depois:
Conforme as diretrizes do CFM, as imagens de antes e depois devem ser apresentadas de forma imparcial, incluindo resultados satisfatórios, insatisfatórios e complicações decorrentes do procedimento. Os médicos que optarem por esse tipo de publicação precisam seguir regras rigorosas para garantir a ética e a proteção dos pacientes.
- Obter autorização expressa e por escrito do paciente para a divulgação das imagens. O paciente deve estar plenamente ciente de como essas imagens serão utilizadas, garantindo que o consentimento seja livre e informado.
- A identidade do paciente deve ser protegida em todas as publicações, evitando qualquer exposição que comprometa sua privacidade.
- As fotos devem ser comparadas de maneira honesta, sem manipulações, ângulos ou edições que possam distorcer os resultados reais.
- As postagens precisam ter caráter educativo, com o intuito de orientar e informar, e não servir como uma forma de autopromoção.
- Evite utilizar termo como “o melhor procedimento ou técnica”, o qual há possível sensacionalismo
- É crucial que o conteúdo não prometa resultados milagrosos ou crie expectativas irreais. A publicidade médica deve ser ética, sem mercantilizar o ato médico.
Esses cuidados são fundamentais para garantir que a divulgação de imagens de antes e depois esteja em conformidade com as normas do CFM, sempre priorizando o respeito e a ética na relação com o paciente.